Como estamos em época de renascimentos de Deuses em várias religiões, eu me senti inspirada em escrever este texto. Neste dia de Natal, considerado pelos cristãos o dia em que a face filho da Trindade Cristã nasce, eu assisti novamente o filme “O Retorno do Todo Poderoso” o qual o ator Morgan Freeman faz o papel do Deus cristão.
Deixo claro primeiramente, que não desejo voltar a ser cristã, mas depois dos períodos de dedicação e de iniciação, eu comecei a refletir e mudar as minhas concepções sobre como lidamos com a diversidade divina de outras religiões.
Como pontuei anteriormente, não é do meu culto o deus cristão, mas porque não olhar os deuses de outras religiões e aprender o que eles têm de verdadeiro e comum conosco, Pagãos ?
Amor é um arquétipo universal, por exemplo e se olharmos as outras religiões, um dos pontos os quais muitos religiões buscam é o Amor. Isto mostra que temos objetivos em comum, mas em âmbitos de cultos e fé diferentes.
Eu passei a dedicação inteira e uma parte como Iniciada debochando do Cristianismo, por exemplo. E, depois destes poucos anos de prática, eu me dei conta que a questão não é o deus cristão em si, mas as condutas das pessoas em suas religiões as quais fazem a diferença.
Eu tenho uma colega de faculdade que é católica, diz que é virgem e, está noiva. O seu noivo também é cristão e quer se casar com ela e, ambos só querem ter relações sexuais somente depois do casamento devido a ambos acreditarem nas regras de comprometimento da religião deles. Não sei se eles cumprem o que falam. Não é da minha conta, mas pelos relatos dela é muito tranqüilo para ambos. Não brigam ou eles têm tensão sobre o assunto. Todo mundo condena a atitude deles.
Eu só prestei a atenção no que ela relatava e como é importante a fé dela, o amor pelo Deus cristão e por Nossa Senhora e os trabalhos comunitários os quais ela faz como ensinar quem quer seguir a religião dela e as práticas de caridade.
No final das contas, nós duas sempre conversamos sobre fé, condutas e religiões de forma muito construtiva, mesmo eu sendo Pagã e não acreditando em ter relações sexuais somente depois do casamento. Não sei se eles vão se felizes. Não sei se eles cumprem o que falam sobre a questão de comprometimento devido às regras de conduta da religião deles. Não sei se o casamento deles vai dar certo e “vingar”, mas eu prefiro acreditar que há a possibilidade de eles serem felizes.
Gente ignorante, intolerante e fanática existe em todas as religiões. E, não se iludam na nossa religião também tem, por mais que seja uma religião em que se baseie em autoconhecimento. Até agora, eu não encontrei pagãos fanáticos, mas existem infelizmente.
Então, quais são os pontos os quais nós devemos nos atentar aqui ?
Que nós devemos aprender que a diversidade religiosa do mundo é uma oportunidade de conhecer novos conhecimentos os quais só irão enriquecer na nossa sabedoria, seja como dedicados ou como iniciados; saber ouvir os outros, mesmo que não concorde com as condutas as quais seguem por causa da sua religião, mas como forma de ouvir outros pontos de vista e; acima de tudo, distinguir que são as pessoas as quais cometem atos de intolerância, fanatismo, brutalidade, ódio e etc. E, estas se acham no poder que dizer que foram os Deuses de suas religiões que ordenaram para fazer.
Pelo que eu saiba, mesmo sabendo que o Deus cristão exige exclusividade em seu culto, ele não pediu para ninguém fazer mal aos outros. Já que a face filho do Deus cristão realmente acredita na sua premissa maior: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15, 12).
E só basta perguntar para o Deus cristão filho meditando mesmo…
Aqui vão alguns exemplos de como um simples filme pode trazer perspectivas novas. Mesmo não sendo do meu culto, mas eu concordo com algumas coisas as quais são ditas, porque faz sentido independente de que religião se faça parte.
Entendam, por gentileza é a idéia geral, okay. Pela 3ª vez, eu sou Pagã e amo ser !
imagem: Autor desconhecido, Zaid Abu Taha, Tofin, Hert Nicks. Não somos detentores da imagem. Sem fins Lucrativos.
