Agathos

Acho que cabe um pequeno resumo do meu perfil, tal como os outros…

Hoje me chamo Agathos, mas no passado recente usei outro nome pagão, nome pelo qual fiquei conhecido nesta tradição e em boa parte da comunidade wiccana.  Conheci a Wicca em 2001  e 2002 me dediquei na TDB. Como os Deuses possuem designios estranhos! Um homem, numa tradição Diânica, muito pouco afeita ao culto ao Deus. Durante esse periodo, tive algumas epifânias, entre elas, a primeira reconsagração do Phallus, ocorrida numa bela chácara no interior de São Paulo, conduzida por um bruxo alexandrino e uma pessoa que só tenho em boa conta, Marcelo Cuchulain. Este fato, foi com certeza uma epifânia para aquela tradição.

Pouco tempo depois do surgimento do LD,  mudei de dedicadora dentro da TDB, e nesta época passei a ser dedicado da Naelyan, bruxa que desde então tem sido minha iniciadora, professora e amiga. É a ela que devo meu aprendizado e minha magia: Caminho do Tarot, Wanen – e por tabela, runas, e no meu caso, recentemente o Panteão Egípcio tem adentrado aos meus interesses. Astrologia pode se configurar dentro destes interesses é claro, assim como Magia do Caos.

E falando em interesses, amo magia, e tudo que se relaciona a ela. Meu é o caminho do Mago, por excelência. Como disse Grant Morrison em os Invisiveis, “Todas as épocas são uma só. A iniciação de uma Feiticeira revela isso. Por isso dizem que uma verdadeira iniciação nunca termina. Como pode terminar, se acontece fora do tempo? O momento de sua iniciação é uma onda na bolha do tempo.” E acho que para entender isso você precisa entender a liguagem sutil da qual a Magia fala. Precisa entender magia, precisa respirar magia, precisa comer magia, precisa trepar com a magia, precisa ser magia e parir magia de dentro de suas entranhas e senti-la em seus musculos e em seus nervos. Para mim magia é uma experiência única, viceral e ao mesmo  tempo racional, emocional e espiritual.

Mas também me serve pra fazer bons cappuchinos… 🙂

Além disso, estudo e ensino História. É meu ganha-pão e meu parque de diversões. História Antiga é minha paixão e em especializei em História das Religiões no periodo Helenístico-Romano. Acho que isso foi um jeito inusitado de ser “teólogo” na religião da Deusa. É por causa disso que nem me vejo como “pagão”, isto é, paganus – habitante do Pagus, do Campo, mas como urbanus – habitante da Urbs, a Cidade. Meus deuses são os Deuses da cidade, a Cidade é meu lar espiritual, minha casa, o lugar onde eu durmo e é também minha Deusa, num certo sentido.

E se você é do tipo que vive Magia, já deve ter intuido plos textos acima que minha praia é Magia do Caos. “Ah! Mas você não é da Wicca?!” Sim… sou. Essa é minha religião. O Kaos é minha magia. Amo magia do Kaos porque essa é a forma que a magia tomou no nosso tempo. É a forma da nossa época, do nosso tempo, é nosso Kairos. Se há uma coisa que respeito neste sistema é sua flexibilidade. Não que tudo nele me sirva – e esse é o grande paradoxo do sistema – mas ele me serve de modo espetacular. Gosto de pensar Magia do Kaos não exatamente como um sistema de Magia, mas um sitema de Meta-magia. Para encerrar, aqui vão os 6 principios de Magia do Caos de Phill Hine:

Princípios da Magia do Caos
Phil Hine

Enquanto os sistemas mágicos normalmente baseiam-se a si próprios em
volta de um modelo ou mapa do universo espiritual/físico, a
magia do Caos baseia-se em poucos “Princípios Centrais”:

1. Evitar o dogmatismo.

2. Experiência Pessoal é vital.

3. Excelência Técnica:rigoroso auto apoio
e análise, com ênfase na técnica experimentada, até que se alcance os resultados.

4. Descondicionamento:Uma das primeiras tarefas do aspirante é perder o condicionamento a que está submetido pela chusma de crenças, atitudes, e ficções sobre o próprio, a sociedade e o mundo.

5. Aproximações Diversas: Magistas do Caos são livres para escolher qualquer sistema mágico disponível, temas literários, televisão, religião, cultos,
parapsicologia, etc.

6. Gnose:habilidade de entrar em Estados Alterados de Consciência sob vontade.

Sejam bem vindos ao nosso mundo. Em caso de despressurização, já sabem o que fazer, né?

A.A


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