Para a autora do livro Circle Within, a Sacerdotisa Perfeita é assim:
“Em minha mente eu vejo uma mulher que é pensativa, quieta, com uma faísca de divertimento no olhar. Quando outros pagãos precisam de ajuda, é para ela que ligam. Sua força interior e sabedoria se mostram no respeito natural que ela tem pelas pessoas ao seu redor. Sua casa é um lugar aconchegante, onde seus alunos se sentem seguros e a porta está sempre aberta. Ela possui um jardim de ervas e vegetais em seu quintal, onde tudo é verde e cheio de flores. Crianças pequenas e animais a adoram de cara. Ela faz trabalho voluntário no abrigo próximo, sai para acampar de vez em quando, lê vorazmente e é conhecida por sua habilidade de criar rituais profundamente transformadores. Se você pudesse pensar em uma palavra para descrever esta sacerdotisa seria Graça.”
Minha Sacerdotisa Perfeita é bem parecida com a dela: Ela não faz trabalho voluntário em nenhum abrigo, mas contribui financeiramente com creches e instituições que cuidam de animais e ela faz magia para cuidar de sua cidade. Ela não sai para acampar, mas faz trabalhos manuais de vez em quando. Ela está sempre aprendendo algo novo, sempre estudando e se aperfeiçoando magicamente. Ela tem uma vida tranqüila, equilibrada em todos os aspectos. Ela ama e é amada. Ela tem um trabalho que ela adora, que a faz feliz. Ela tem uma relação sólida com os Deuses e sente-se bem consigo mesma. Ela vive cercada de gatos, livros e coisas mágicas. Ela está em paz consigo mesma e com a vida.
É interessante notar que hoje estou mais próxima desta imagem do que jamais estive. Ainda faltam alguns ajustes, mas eu chego lá.
Uma das coisas que mudou foi que finalmente fiz as pazes com o conceito de que as pessoas entram em sua vida, ficam pelo tempo que precisam ficar e vão embora. Eu sempre tive dificuldade com o deixar ir, mas acho que, finalmente, estou resolvendo este nó mágico. Com isso me despedi formalmente de todas as pessoas que já passaram pela minha vida espiritual e cortei quaisquer vestígios de laços que ainda existiam com elas.
Uma das chamas graças que uma sacerdotisa perfeita deve ter, segundo a autora, é a capacidade de perdoar. Essa não é uma das minhas graças. Eu não perdôo, mas estou aprendendo a esquecer, a deixar ir. A deixar que as contas sejam acertadas com os Deuses e não comigo.
E você, como é sua sacerdotisa ou sacerdote perfeito? O quão perto ou longe você está desta imagem?
Em outra parte do livro ela descreve as características que para ela são a base do que nossa Deusa e nosso Deus representam: amor, equilíbrio, sensualidade, liberação e inspiração.
Quando fala sobre inspiração ela diz: “Poucas pessoas saem de um encontro com a divindade sem a súbita necessidade de criar alguma coisa, seja uma obra de arte, poesia, artesanato ou algo novo para elas mesmas.”
Eu achei isso fantástico, porque é exatamente o que eu vivo. Sempre pensei que fosse uma coisa minha, uma das minhas manias estranhas. Sempre que eu tenho um contato mais profundo com a Deusa eu volto com uma vontade louca de fazer alguma coisa para ela, de criar algo para ela Antes eram poemas, hoje em dia são trabalhos manuais.
Há alguns meses eu pintei uma espécie de oratório para colocar as estátuas de Aset e Heru no meu altar do quarto. Agora estou envolvida em meu bordado, que, aliás, está ficando lindo.
Nas próximas duas semanas estarei fazendo um curso para me atualizar na área de rede de computadores. Eu estava com saudade da área de redes e estou morrendo de vontade de fazer o curso.
Naelyan