A Lua nos Esbats





A Lua nos Esbats

Tirando os esbats de lua Cheia e o de Lua Negra os quais possuem uma particularidade sobre eles, os outros esbats não têm um procedimento específico de como devem ser realizados.

Começando pelo Esbats de lua cheia é o esbat mais celebrado por bruxos, pois a lua está no seu plenilúnio. Isto não quer dizer que os outros esbats tenham menos importância, somente que este se tornou um costume de senso comum dos bruxos o realizarem por ser o auge dela.

O plenilúnio da lua cheia ocorre no primeiro dia dela, pois nos outros seis dias restantes ela já estará minguando. Se ocorrer de não puder realizar o esbat no dia, pode-se até realizá-lo um dia antes, pois a lua está Crescente Corcunda no seu último dia ou um dia depois do plenilúnio; mas mesmo assim, é mais recomendável que realize no dia de plenilúnio da lua cheia (no seu auge). Nos esbats de lua cheia, há a Puxada da Lua no qual uma sacerdotisa atrai as energias da lua para si ou se estiver em um ritual coletivo para o grupo antes do Grande Rito.

Observando mais uma vez que o termo “Puxada da Lua” em esbats de lua cheia é diferente de “Puxar a Lua” em uma sacerdotisa ou de “Puxar o Sol” em um sacerdote.

Os esbats de Lua Negra são a celebração da ausência da Lua Negra ou Balsâmica, sendo que esta lua ocorre três dias antes da lua nova oficial e, mais especificamente possui um dia de auge; ou seja, de pico no qual se caracteriza na não presença da lua no céu. Isto não quer dizer que a lua não está lá, somente que dizer que ela está oculta.

É por isso que se trabalha a Deusa na sua face mais transformadora. É aquela que está misteriosamente oculta em seus véus. Pode surgir como uma bela jovem ou como uma anciã, mas o mais importante é que ela vem para trabalhar ou indicar pontos de nós os quais não sabemos conscientemente ou nós não queremos lidar, confrontar, compreender ou aceitar como parte de nós. Pode-se traçar o círculo no sentido horário ou até no sentido anti-horário, mas devem-se invocar as direções no sentido horário e despedir delas no sentido anti-horário, lembrando que o Centro sempre permanece conosco no momento da despedida. A idéia é trabalhar algo que será refletido, será desconstruído e será reconstruído de uma forma mais equilibrada, aceita e mais coerente dentro de nós.

Parafraseando a Naelyan, a deusa é conjunto de facetas infinitas dentro de um eterno diamante. Pode-se ver a deusa como Donzela, Mãe ou Anciã, como também pode descobrir em uma mesma deusa as várias faces que ela possui. Não se deve levar a idéia da Donzela, Mãe e Anciã como estigma, um conceito fechado. Tem deusas que são mais Donzelas do que outras deusas? Sim, mas isto não quer dizer que ela não tenha uma triplicidade ou facetas a serem vivenciadas dela mesma.

No caso dos esbats de luas Nova, Crescente e Minguante deve-se estruturar o ritual com as características de cada lua com o tema que deseja trabalhar e a Deusa e o Consorte que irá chamar.

Em aspectos gerais, nos esbats de lua nova, crescente e minguante buscam-se trabalhar outras características. As Deusas nas faces relacionadas à Magia, Donzela e/ou Guerreira em luas nova e/ou crescente e, na lua minguante a Anciã, Aquela que poda respectivamente como exemplos.

No caso da lua Nova, a Deusa pode se relacionada a deusas lunares e/ ou à magia como, por exemplo: Hécate, Ísis, Selene ou Luna, Cibele. É a lua que traz o que é novo, o que é uma possibilidade, um começo, uma nova perspectiva, uma mudança, uma esperança, um desejar, por isso vai depender do que se quer na lua nova.

No caso da lua Crescente, a Deusa pode ser relacionada a deusas na face Donzela, Deusas guerreiras como, por exemplo: Ártemis, Diana, Morrighan, Athena, Afrodite, Hathor ou Bast. A lua crescente é que se faz desenvolver o que se deseja, traz o movimentar, trabalha planos já começados, traz a energia de crescimento.

No caso de lua Minguante, a Deusa pode ser relacionada a deusas na face anciã como, por exemplo: Cailleah, Hécate, Cerridwen, Baba Yaga, Nerthus. A lua minguante é a diminui o que é necessário; é a que ceifa; é a que poda; é a que finaliza um processo.

Aerin Nerissa


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