Muitas pessoas perguntam sobre como acessar ou contatar espíritos ou Deuses mas, na prática, como isso funciona? Como acontece esse contato? Através de transe, visão, materializarão? Ou quem sabe por Visualização? Será que está tudo na mente do praticante, ou é algo mais tangível do que isso?
Vou falar apenas por mim, Naelyan, pois não sei como funciona para outros.
Inicialmente, o contato com os espíritos se dá por pequenas percepções, facilmente dignas de descrédito por pertencerem à esfera da mente. Afinal, muito do que costumamos crer como “sobrenatural” ou espiritual é facilmente explicado como uma reação física banal. O problema é que existem duas formas de se observar isso: de um lado, as pessoas que separam o que é puramente físico do que é puramente espiritual, e do outro, as pessoas que enxergam ambos os contextos como sendo uma coisa só. Eu sempre pertenci ao segundo grupo.
Premonição ou déjà vu?
Quando eu era criança via sombras e vultos, enxergava pessoas e animais que, aos olhos das outras pessoas, não estavam no local. Ora, pela lógica do primeiro grupo eu deveria ter algum problema mental, e ao passo que fui crescendo, percebi como minha forma de enxergar as coisas era “errada”. Desta forma lutei para anular essas percepções e me tornar uma pessoa absolutamente cética.
Quando estava um pouquinho mais velha, passei por uma situação que não deu vazão ao meu ceticismo; entrei em transe e vi um atropelamento acontecer, e pouco tempo depois de sair do transe toda, a cena se repetiu. Assim, eu fui capaz de evitar o atropelamento. Não foi um déjà vu, pois os atores, o cenário e as ações se repetiram, mas o desfecho foi diferente ― porque eu interferi, pois já sabia o que ia acontecer. Esse episódio me fez perceber que tudo aquilo que eu via e sentia sobre a existência de um “plano” além deste palpável aos nossos sentidos físicos não era uma invenção da minha cabeça.
É preciso mudar a perspectiva no contato com espíritos
Na minha adolescência passei a procurar por explicações, e acabei descobrindo que existem milhares de religiões, cada uma com milhares de adeptos que dizem ver ou crer nesse tal “mundo espiritual” e em Deus ou Deuses. Mas as explicações que eu lia ou ouvia dessas pessoas me soavam estúpidas ou, no mínimo, muito manipuladas.
Quando conheci o grupo que me permitiu explicações e vivências satisfatórias, percebi que a coisa é bem mais complicada do que parece. Levei anos para conseguir acessar espíritos e deuses de uma maneira não-ilusória, e até chegar nisso, passei por vários estágios. Só sentir, só ouvir, só ver de relance, sonhar, visualizar; tudo isso, naquela época, soava como bobagem, como engodo. Até que um dia, apesar de saber que havia algo de verdadeiro nisso tudo, devido ao episódio da infância, resolvi que ia desistir disso tudo se um Deus ou espírito não provasse a sua existência pra mim. Afinal, não sou eu que tenho que provar nada; eles que se mostrem caso existam.
E foi ai que eu descobri que eles se mostram o tempo inteiro. O problema é que queremos enxergar seres espirituais como se fossem seres físicos ― o que eles não são. Quando você compreende isso em seu íntimo, e para de querer vê-los pelos seu ângulo, será como se alguém apertasse um interruptor. O cão passa a enxergar o arco-íris. Se você acha um arco-íris tangível como acesso, então busque esse nível de acesso aos deuses como “prova”.
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