Introdução
Nas invocações [1]* abrimos os portais para que energias, seres, Divindades e outros adentrem nosso espaço sagrado. É importante manter isso em mente, já que não é simplesmente uma rima ou frase que se fala, mas um ato mágico. Existem formas diferentes de invocar, cada uma dependendo da circunstância ou da/o bruxa/o. Por exemplo, algumas pessoas gostam de invocar em rimas, outras gostam de florear as invocações com “Vós”, “sois” e inúmeros adjetivos ligados aos seres e divindades. Outras formulam a invocação na hora, sem ter escrito antes, apenas sendo guiados pela intuição. O importante é que as invocações venham de coração e que não sejam uma mera formalidade. Estamos lidando com seres, espíritos, quadrantes e Divindades de fato que irão perceber na hora o que tem por trás de nossas palavras, bonitas ou não.
Postura corporal
Nas invocações de quadrantes é necessário, no mínimo, fazer imposição de mãos. Existem posições de mãos que representam os símbolos dos elementos e outras posições que simbolizam os quadrantes. É recomendável tentar várias e encontrar o que dá certo para você. Nas invocações de Deusas, é tradicional posicionar cada uma das mãos em forma de meia lua, sendo que a mão esquerda está levantada e a direita, abaixada. Quando se invoca os deuses, as mãos estão em forma de chifres (rock ‘n roll), sendo que a direita está levantada e a esquerda, abaixada.
Dicas
– Comece com um chamado do que você pretende invocar termine com boas vindas. Chame não somente pelo quadrante ou o que você quer chamar, mas também por bênçãos que eles/elas podem te proporcionar no determinado ritual.
– Adeque suas invocações ao que você irá chamar. Em um ritual dedicado à Brigit, por exemplo, que é Deusa da poesia, é interessante fazer as invocações em forma de poesia. Já uma Deusa mais instintiva, como Mardoll, por exemplo, pode ser interessante invocar na hora H, usando seu próprio instinto.
– Não se esqueça que uma invocação nunca será melhor por causa de floreios.
– Crie invocações simples que você conseguirá lembrar na hora do ritual. Invocações feitas com leituras podem atrapalhar o processo e sua concentração no ato mágico. Elas podem sair apenas da boca pra fora. Isso não quer dizer que é proibido ler, mas deve-se levar em consideração o que é mais importante na hora da invocação.
– Rimas são poderosas e fáceis de lembrar. Experimente uma vez!
– Não só entoe, mas visualize o que você quer invocar. Sinta as energias passando pelos portais que você abriu. Durante o ritual, é seu papel cuidar e manter as energias que você invocou.
– Uma das funções de trazer um elemento para seu Círculo, é trazer as bênçãos daquele elemento para seu ritual; a outra, é proteger seu Círculo.
– É tradicional que as invocações tenham um texto similar, para dar mais congruência à atividade.
– Não se esqueça de se despedir e/ou banir tudo que você invocou ao fim do ritual!
– É tradicional invocar os quadrantes no sentido horário a iniciar pelo Norte e despedir-se no sentido anti-horário, a começar pelo Oeste. O sentido horário é construção do Círculo, o sentido anti-horário, desconstrução.
– Pense que depois do ritual, você terá que se despedir das energias que você invocou, e que você não gostará que alguma delas fique para trás. Portanto lembre-se do que você invocou exatamente. Por exemplo, você pode ter invocado espíritos dos ancestrais junto com a direção Oeste, e esquecer-se de se despedir deles. Consequentemente, você poderá ter companhia em sua cama nessa noite!